Amo sapatos. Amo chocolate. Amo saias de cintura alta. Amo cantar. Amo escrever. Amo ligar pra minha amiga durante horas. Amo pintar a unha de rosa. Verdade? Mentira! O que essas soltas palavras e indubitáveis frases têm em comum? O verbo amar. E o próprio, em todas essas frases está banalizado.
Amar não é só um verbo, quando proferido de lábios, ele se torna os mais mavioso sentimento, o mais imaculado trejeito de transmitir o que você quer que seja invisível, que traga a pessoa amada leves ondas cordiais de sentimentos imersos, que a traga vernáculos sorrisos de um coração flácido recuperado. Mas esse significado distinto, por nossa pura negligência, se tornou trivial, é o significado sólido de palavras medíocres, que passam por ordinárias e martelam na cabeça dos sábios quando ditas com o coração vazio de amor, algo que não se salienta que deita e dorme sem medida, que planta e fica sem crescer, que abre e fecha e não enche, que existe mais não vive.
O amar é o complemento implícito do sentimento, não a partícula principal. Mas é isso que tá se tornando. O amor não se pratica, ele é involuntário. Não se faz sentir, se sente por quê sim! Não se força existir, ele nasce e vive dentro de nós como se fosse nós. Não se deve falar eu te amo, porque ele que fala por nós.
E esse amor, não revive, não diminui, não cai, não morre, não duvida, ele até pode arder, cortar, chorar, mas ele amadurece, apenas cresce, usufrui, tritura, luta, escapa, faz existir, mas sempre vive por dentro de quem o sente, e vive pela pessoa que o sente. O amor nos domina, mas nós não dominamos o amor. É isso que você sente pela pessoa que conheceu ontem?
Amar se resume em uma palavra triturada pelo sentimento mais complexo e forte do mundo, um sentimento perpétuo que se aflora e ali mora.
Sim, esse verbo está banalizado. Porém, isso é normal, considerando o fato de que é tão utilizado, que agora usamos para expressar gostos.. e tudo bem, não tem problema. Não precisa ficar indignada com o mundo por isso, por um motivo tão inútil. Vá se preocupar com as taxas de mortalidades do Brasil, ou com a fome que mata tantas pessoas, e não com a banalização do verbo "amar". Todo mundo já sabe disso, poxa. Agora é óbvio que o fato de falaram "eu te amo" para qualquer um é intrigante, nisso eu concordo que você pode comentar.. agora o resto? Poupe-me né.
ResponderExcluirOk, Obrigada pela opinião, mas meu foco não é problemas sociais e nacionais, e sim meus sentimentos e afins. Se increva pra deputada, ou algo do genero, seria melhor que crítica de textos... E preocupar-se devia você com a sua vida.
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